A.˙.G.˙.D.˙.G.˙.A.˙.D.˙.U.˙.

M.˙.I.˙.C.˙.T.˙.M.˙.R.˙.

16 de jan. de 2009

Pastejo rotacionado é tema de palestra

“O que nós queremos é ver isso, o balde cheio”, quem afirma é o produtor rural, Heber Ricardo Batista de Carvalho, morador da comunidade Vitória, no município de Umbaúba, após participar, na manhã de hoje (16), da palestra sobre pastejo rotacionado realizada pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a qual contou com as presenças de 39 pessoas, entre produtores rurais, técnicos da Emdagro e entidades de classes. Também participaram na palestra o prefeito de Umbaúba Anderson Farias e o secretário de agricultura, Edgar Cerqueira, além dos membros do Conselho de Desenvolvimento Municipal (Codem).

O pastejo rotacionado, também conhecido como projeto balde cheio, vem sendo desenvolvido em outros estados da federação e chegou a Sergipe após a visita feita pelo Presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, aos mais de 1000 projetos implantados no Estado de São Paulo. “A gente viu que é um projeto que sob o ponto de vista econômico é viável, porque mostra a sua rentabilidade; socialmente ele é justo, porque atende ao pequeno produtor; e ecologicamente sustentável, uma vez que prevê a preservação dos reservatórios de água naquelas propriedades que venham a ter rio, riacho, entre outros. E é por isso, que ele vem sendo implantado nos Estados de São Paulo, Acre, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Paraíba, Alagoas, Bahia”, afirma Jefferson.

Por ser uma proposta nova no estado, a Emdagro não tem como preocupação atender a um número grande de produtores inicialmente, e sim atingir aqueles que tenham realmente interesse e que queiram cumprir com aquilo o que for acordado com o técnico. “A medida que esse processo mostrar resultados, essas propriedades servirão de unidades demonstrativas para que a gente possa não só orientar os técnicos da extensão rural, como também os próprios produtores sobre essa nova ferramenta”, diz Carlos Augusto Pereira da Silva, Gestor de Pecuária de Leite da Emdagro.

Segundo o gestor, o sistema de pastejo rotacionado, adubado e de preferência irrigado, vai trazer qualidade de vida aos pequenos produtores da região. “Esse projeto vai dar uma nova alternativa de renda para esse produtor, porque ele vai desenvolver a prática da bovinocultura de leite em sua propriedade, além de ser uma fonte de alimento para a sua família”, afirma Carlos Augusto.
Para o Secretário de Agricultura de Umbaúba, Edgar Cerqueira, “esse projeto tem o perfil do homem do campo”, diz, acrescentando que o produtor rural não vai precisar se desfazer das culturas que vem sendo desenvolvidas em suas propriedades, uma vez que, ao invés disso, ele aproveite as áreas remanescentes que não estejam ocupadas para que venham utilizar a bovinocultura de leite nesse sistema de pastejo rotacionado.

Prática do Pastejo

O projeto consiste em explorar a área em sua máxima potencialidade de forma a aumentar a sua capacidade de suporte, possibilitando elevar o número de animais por unidade de área e, assim, obter uma produtividade maior, seja de leite ou de carne dentro de um mesmo espaço.

Inicialmente, o pastejo rotacionado divide a área em piquetes menores e a sua quantidade é calculada e dimensionada anteriormente ao projeto. Essa área terá que ser de preferência irrigada e adubada porque, caso não seja irrigada, o número de animais por hectares não vai atingir a mesma capacidade de suporte como se fosse numa área irrigada. “Em áreas de sequeiro a gente vai atingir uma capacidade bem menor, em torno de 13 unidades de animais por hectares, por isso que o ideal é que a propriedade seja rica em recursos hídricos e bem adubada, entretanto, se comparado ao sistema convencional que é usado naquela região onde se consegue criar, a todo custo, apenas uma unidade de animal hectare/ano, mesmo na região seca esse número sobe para 3 ou 4 unidades de animal hectare/ano, o que já é uma grande vantagem, um grande salto”, explica Carlos Augusto.

“A nossa estimativa é que, em áreas ricas em recursos hídricos e bem adubadas, esses produtores possam chegar a criar até 10 unidades de animal por hectare/ano, por isso, que esse sistema é viável”, diz Carlos.

Nenhum comentário:

Entre em Contato

______________________________________________ carlosmariz@hotmail.com jor.carlosmariz@gmail.com