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M.˙.I.˙.C.˙.T.˙.M.˙.R.˙.

27 de fev. de 2009

Emdagro produz fungos para combater pragas

[Notícia]

Conscientizar agricultores rurais da região citrícola do Estado sobre a importância do combate a praga Ortezia Praelonga, através do método natural de utilização dos fungos Boveria e coletotricum, é o objetivo da campanha que vem sendo desenvolvida pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e que terá sua fase intensificada no mês de abril deste ano.

Segundo o Assessor de Produção Vegetal da Emdagro, Walter Ramos, recentemente o setor de defesa da empresa fez um levantamento em 500 propriedades rurais da região e constatou que em 237 delas foi identificada a presença elevada da ortézia. “Por isso, essa campanha é para que o produtor não esqueça que a melhor forma de combater a praga é através do método natural de utilização dos fungos”, afirma Walter, acrescentando que o trabalho de combate da praga vem desde o ano de 1995, quando pesquisadores da empresa realizaram um trabalho experimental no tocante à dosagem e a eficiência do fungo no controle de outras pragas, especialmente a ortésia.

A praga, também conhecida como “piolho branco”, se destaca por ser a responsável por provocar prejuízos às plantações de diversas culturas, uma vez que suga a seiva de seus hospedeiros favorecendo o aparecimento do fungo preto fumagina que recobre as partes verdes das plantas causando prejuízos à produção. No citrus, ela diminui o teor de açúcares e ácidos tornando-os os chamados “frutos aguados”. A depender de sua alta densidade populacional, a ortézia pode até matar as plantas.

“O controle natural da ortézia é realizado por um grande número de predadores, parasitos e entomopatógenos. Destes, os fungos se destacam como os principais agentes de combate e são multiplicados nos 7 laboratórios da Emdagro espalhados pela região citrícola de Sergipe”, diz Walter, acrescentando que essa forma natural de combate gera uma grande economia aos pequenos produtores, uma vez que não mais precisarão adquirir produtos agrotóxicos que, além de serem bem caros, são prejudiciais ao meio ambiente e a própria saúde humana.

Ainda segundo o Assessor, a Emdagro vai distribuir o material trabalhado na forma de “troca-troca” com o produtor, o que significa dizer que para que ele receba o fungo misturado ao arroz, terá que disponibilizar 1 kg de arroz produzido em sua propriedade por 1 kg de arroz trabalhado em laboratório.

Multiplicação do fungo

Segundo o pesquisador da Emdagro, Luiz Mário Santos da Silva, o processo de multiplicação do fungo se dá em arroz. “O arroz é o cereal que já existe tecnologia de produção do Boveria, o qual cresce interna e externamente”, afirma ele, acrescentando que a sua forma de aplicação, através da pulverização, possibilita que o fungo se fixe na ortézia liberando toxinas que invadem seu sistema, vindo a destruí-la por completo.

Questionado sobre as implicações advindas das contraindicações, o pesquisador é enfático: “Esse é um método natural porque o fungo é encontrado na própria natureza. O que se é feito, entretanto, é a sua multiplicação em laboratório. Por isso, não há contraindicações”, conclui Luiz Mário.


Por: Carlos Mariz
Foto: Embrapa

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